sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

A Confiança surge no Desespero


A Confiança surge no Desespero

─ Alô! Aqui é a Vanessa!
─ Eu sou o Neculai.
─ Em que posso ajudá-lo? 
─ A Deise. Sua amiga.
─ Sim. O que tem ela?
─ Ela precisava de ajuda. Ela não gostava das pessoas em geral, o que dificultou muito ter relacionamentos com pessoas normais. Ela gostava de coisas Estranhas. ou Entidades, ou monstros, etc.. . e Você disse para ela se afastar disso tudo, procurar gente socialmente normal.
─ Era o certo para a Deise. Se ela continuasse assim poderia chamar a atenção de predadores sociais,  Vampiros Emocionais, ou um aproveitador.
─ E o que é certo para você? Alguém que diz que é perfeito para a sociedade, que tem muito dinheiro, tira fotos com muitas celebridades só para parecer ser boa pessoa e no final é um oportunista egoísta? 
─ Sinceramente não vou debater com um estranho.
─ Ela gosta de mim.
─ E você é?...
─ Alguém que pode dar um pouco mais de emoção em sua vida. Você quase destruiu seu sonho de conhecer alguém como eu. Um Vampiro.
─ Você é louco e vampiros não existem. Se está usando este artifício para conquistá-la logo ela saberá que você é apenas um enganador.
─ Porque está batendo a caneta na mesa de forma tão acelerada? 
─ Não sei quem você é, mas vou desligar. Tem alguém batendo na porta.
─ Desliga e eu mostro para você como encontrar alguém como eu mais rápido do que imagina.

─ Agora você passou dos limites. 

─ É fácil falar mal do que você não conhece, não é . Alertar as pessoas para manter distância dos que são diferentes e não se encaixam nos padrões sociais. São todos monstros. Merecem distância pois jamais darão um futuro para alguém. Só que muitos destes "desajustados" se tornaram grandes pensadores da história. 
─ Isso não é um debate. 
─ Ah Vanessa. Eu certamente iria ser um ótimo amigo. Ficaria deitado neste seu sofá vermelho que está bem na sua frente contando sobre as vítimas que peguei e suguei o sangue delas enquanto estavam desesperadas. 
─ Certamente Neculai, você deveria procurar ajuda psiquiátrica. 
─ Vanessa. Se eu procurasse ajuda eu perderia a chance de saborear o seu sangue quente e cheio de desespero. 
─ Eu não me assusto tão facilmente.
─ Leia o recado que deixei na sua mesa.
─ Mas como... 
─ Leia. 
" Eu estou muito perto!" Como colocou isso na minha mesa? Meu sofá? o que você fez?
─ Rasguei seu sofá. Seu coração está acelerando. Está quase na hora. Ah e na minha rápida aparição por ai. Abri a porta para alguém entrar.
─ Pare com isso. Pare agora mesmo. Vou desligar. Que barulho é esse? Quem está ai? 
─ Sou eu. A Deise. Eu sinto muito que as coisas aconteçam desta maneira Vanessa mas se o Neculai está dizendo que não deve desligar então estou aqui para que você realmente não desligue. E você Não vai desligar! 
─ Mas porque Deise? Como pode ajudar este monstro. 
─ Eu faço tudo por ele. Tudo. Entendeu! 
─ Não diga isso. Está me assustando Deise. Você nunca foi assim. 
─ Vamos brincar juntos Vanessa. Só eu você e o Neculai. Agora fica ai sentada. Vou tirar uma arma da minha bolsa e colocar na mesa perto de você. Pronto Neculai. Está feito.
─ Ela não é um amor Vanessa. Deise quer participar do nosso jogo. Pode tentar fazer ela mudar de ideia mas verá que será inútil.
─ Deise esse homem é um manipulador, maniaco e insano.  Ele quer se divertir com nos duas. Não deixe ele fazer isso com a gente. Somos amigas. Eu considero você como uma irmã.
─ Vanessa eu sei muito bem o que estou fazendo. Estou fazendo de tudo para que o Neculai fique satisfeito. É só isso que importa. É só isso que quero. Está bem assim Neculai?
─ Perfeito Deise. Agora Vanessa. Você tem uma arma na mesa perto de você. A única maneira de acabar com todo este tormento seria atirar na Deise e sair correndo, pois ela fará de tudo para mantê-la onde está. E eu vou aparecer novamente e tomarei todo o seu sangue. Vou matá-la. Vou apreciar sugá-la completamente. Por isso, apresse-se em sua decisão, pois a minha fome esta aumentando a cada segundo. 
─ Está dando certo Neculai Ela pegou a arma.
─ Isso mesmo Vanessa! agora atire! Atire na Deise. 
...
─ Neculai... Acho que a Vanessa está querendo mudar o jogo. 
─ Não. Não faça isso Vanessa. Não aponte a arma pra sua cabeça!  Não me deixe desapontado.
─ Você não vai conseguir beber meu sangue e não terá emoção nenhuma no meu corpo se eu morrer. 
─ Como se atreve a me desafiar? 
─ Vanessa atire em mim! Eu não vou ficar chateada com você. Estou fazendo isso pelo Neculai. 
─ Esse homem precisa de uma lição Deise. Ele precisa saber que não somos seu gado. Lute comigo contra ele. Me ajude.
─ Eu... e-eu estou com medo. eu não quero que se machuque Vanessa. Me Desculpe. Me perdoa. Eu não sei o que deu em mim. Por favor me abrace. Se você for embora agora ele poderá me matar de tanta raiva. 
─ Quando essa novela terminar me avisem. Estou com muita fome. 
─ Cretino. Vai pagar pelo que esta fazendo comigo e com a Deise. ... Deise não! Largue a arma! Solta. Não!
─ Pronto Neculai. Peguei a arma da Vanessa. 
─ Você estava fingindo Deise? Não se arrepende de fazer isso com sua amiga? 
─ Eu disse que eu faria tudo por ele. Senta ai e fica quieta. E agora Neculai?
─ Mire a arma na cabeça da Vanessa e atire quando eu mandar.
─ Não por favor não!  Eu não fiz nada. Não faça isso. Deise sou sua amiga. Não atira por favor.
─ Se ela falar de novo Bata nela Deise. 
─ Sim Neculai. 
─ Antes de  morrer Vanessa. Quero ouvir a Deise falar um pouco da amizade de vocês. Deise diga algo marcante que fizeram juntas e aponte a arma para a cabeça dela.
─ Neculai. Fala de novo a palavra "Morrer" Você fala tão forte. Eu me arrepio completamente. 
─ Deise focaliza a situação e diga uma boa história. 
─ Lembra Vanessa quando eramos mais jovens passávamos trotes nos telefones para os que atendiam. Dizíamos que estávamos apaixonadas e que queríamos conhecer todo mundo. Nós rimos muito naquela tarde. Lembro que fiquei abraçada com você e não parávamos de rir. Você disse que seria a minha amiga para sempre. 
─ E-eu lembro e era verdade Deise somos amigas para sempre e sempre. Por favor abaixa a arma. Vamos dar um fim nisso juntas. 
─ Já terminou Vanessa? A Deise tem seus deveres a cumprir.
─ Seu Monstro Eu não sei o que fez com ela mas quero que você morra! 
─ Eu não fiz nada Vanessa. A Deise apenas escolheu o que era certo para ela. Tudo que ela faz agora é porque ela quer fazer. Agora chega de conversa. Deise quando eu disser a palavra "Morte" atire três vezes para ter certeza que vai acertar entendeu?
─ Simmm" Uau! Neculai. Eu vou adorar ouvir você falar "Morte" novamente.
─ Deise! Não! Na...
─ Morte! Morte! Morte! 
Clec Clec Clec.
─ D-descarregada? Q-quem? Neculai! C-como você veio? 
─ Isso mesmo Vanessa. 
─ A-apareceu t-tão rápido? ALGU...
─ O gosto do seu sangue está magnifico. A mordida do pescoço foi rápida. Quase não percebeu Vanessa. Uma pena que o seu tempo acabou. Vou deixar o seu corpo deitado no sofá. Assim poderemos falar um pouco mais sobre sua vida. Ou seria morte? 
─ Neculai... me pegou de surpresa dizendo esta palavra assim. Eu não sabia que a arma estava descarregada.
─ Não quis arriscar perder um sangue quente. Onde será que a alma da Vanessa está agora? Limbo? Inferno? Matrix?... Não importa. Tenho uma lista de novos amigos para visitar.
─ Posso tocar em seu rosto novamente Neculai?
─ Está cheio de sangue da sua amiga. 
─ Não tem importância. 


Por: Adriano Siqueira

a próxima história do vampiro Neculai está neste link: 
http://contosdevampiroseterror.blogspot.com.br/2015/01/um-encontro-com-o-desespero.html

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